quarta-feira

Terminou o Seminário de Enfrentamento à Corrupção

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Transparência e opinião pública foram  debatidas em Seminário de Enfrentamento à Corrupção
É importante que os governos utilizem dados abertos na divulgação de informações de interesse da sociedade, bem como é necessário um pacto social, onde a população apresente suas demandas. A afirmação é do gerente do Escritório W3C Brasil, Vagner Diniz e foi feita no Seminário Internacional de Enfrentamento à Corrupção, que ocorre no Auditório do Ministério Público, em Porto Alegre. Diniz participou do  painel A Transparência e a Opinião Pública como instrumento de Combate à Corrupção, que encerrou o primeiro dia de debates.
"Sem informação, sem dados, só veremos os efeitos de mídia e a sociedade não participando ativamente do enfrentamento à corrupção", disse Vagner Diniz. O painel A Transparência e a Opinião Pública como instrumento de Combate à Corrupção foi mediado pela Subchefe de Ética, Controle Público e Transparência da Casa Civil, Juliana Foernges, e contou, ainda, com o secretário de Prevenção à Corrupção e Informações Estratégicas da Controladoria Geral da União, Mário Vinícius Spinelli, da colunista política e editora da Carta Maior, Maria Inês Nassif e o professor de Direito Constitucional da UFRGS, Eduardo Carrion.
Representando a Controladoria Geral da União, Mário Vinícius Spinelli, completou a análise de Vagner Diniz , afirmando que os dados além de serem abertos devem estar em uma linguagem acessível ao público em geral e a transparência é um dos meios de prevenir a corrupção. "Há 10 anos não tinhamos mecanismos de controle eficazes como hoje. Se hoje a mídia denuncia é porque temos uma imprensa livre e com acesso aos dados governamentais", lembrou, ao citar diversos casos em que desvios foram descobertos com base nos dados publicados no Portal da Transparência.
Investigações
Neste sentido, a editora da Carta Maior, Maria Inês Nassif, destacou o papel da mídia tradicional na discussão da corrupção. Ao abordar as investigações jornalísticas, ela destacou que a imprensa, às vezes, tem sua capacidade investigatória esvaziada pela ausência de qualificação para fazer estas investigações. "Precisamos reinstitucionalizar o julgamento. "A mídia" não pode investigar, julgar e sentenciar, isso sim lembra a ditadura", destacou, afirmando ser totalmente favorável à liberdade de imprensa e que os jornalistas não devem abrir mão deste papel, mas devem fazê-lo se forem capacitados e, também, debatendo as causas da corrupção. 
Já Eduardo Carrion, destacou que o jornalismo investigativo cumpre um importante papel na sociedade, e que assume este espaço em função das carências dos órgãos de controle e fiscalização. "A realidade da corrupção colabora com a de legitimação das instituições políticas democráticas e favorece o descrédito da representação", citou. Carrion ressaltou, ainda, que a reação contra a corrupção aumenta a medida que surgem novas denúncias, e que nestes momentos a reforma política é lembrada como prioridade. "Além da reforma política precisamos de uma mudança de política que resgate o contrato social", finalizou. 

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